Criminosos estão utilizando imagens capturadas de documentos pessoais para criar contas bancárias digitais e realizar fraudes financeiras, explorando a vulnerabilidade de famílias em busca de ajuda.
“Como funciona o Golpe.”
O golpe da cesta básica no Brasil ganhou uma nova e ainda mais sofisticada versão, onde criminosos conseguem abrir contas digitais em nome das vítimas, apenas com uma foto tirada de documentos pessoais pelo celular. O esquema envolve a promessa de uma cesta básica gratuita, mas o que parece ser uma oferta de ajuda se transforma em um pesadelo financeiro para as pessoas que caem na fraude.
O processo começa com a recepção de mensagens de texto ou anúncios nas redes sociais, oferecendo cestas básicas gratuitas como parte de um programa de ajuda humanitária. Ao clicar no link da oferta, a vítima é direcionada a um site falso que imita uma plataforma legítima, onde é solicitado o preenchimento de um formulário com dados pessoais, como nome, endereço e número de documentos.
A grande surpresa, no entanto, acontece quando os golpistas pedem à vítima para enviar uma foto do seu documento de identidade ou até mesmo da própria face, com o argumento de que isso é necessário para confirmar a elegibilidade para o recebimento da cesta básica. Nessa etapa, a vítima pode ser induzida a tirar uma foto do documento de identidade e enviar diretamente pelo celular, sem perceber que está fornecendo as informações que os criminosos precisam para abrir contas bancárias digitais em seu nome.
Com a imagem enviada, os criminosos utilizam ferramentas de reconhecimento facial e softwares de edição para validar os documentos e, em seguida, conseguem abrir uma conta digital em plataformas como PicPay, Nubank, Mercado Pago e outras. Esses golpistas podem até realizar transações financeiras, transferir dinheiro e contrair empréstimos em nome da vítima, prejudicando gravemente sua saúde financeira.
Em alguns casos, os golpistas também solicitam que a vítima pague uma taxa falsa para o “envio” da cesta básica ou cobram uma quantia para garantir que o auxílio será liberado, o que faz com que as vítimas, além de perderem o controle sobre suas finanças, ainda sejam induzidas a pagar por um serviço que nunca será entregue.
De acordo com especialistas em segurança cibernética, a utilização de fotos capturadas pelo celular é uma tática cada vez mais comum entre os criminosos, já que ela permite que o golpe seja executado de forma mais rápida e eficaz. “Esses golpes têm se tornado mais sofisticados. Usando apenas uma foto de um documento, os golpistas conseguem abrir contas bancárias digitais e realizar transações sem o conhecimento da vítima. Isso só reforça a necessidade de alertar a população sobre os riscos de compartilhar documentos pessoais de forma inadequada”, comenta Carla Lima, especialista em segurança digital.
As autoridades de segurança pública estão alertando a população para que jamais envie fotos de documentos pessoais ou dados bancários em sites ou plataformas desconhecidas. Também é essencial que as pessoas verifiquem sempre a autenticidade das ofertas, especialmente quando se tratam de promessas de ajuda financeira ou alimentos gratuitos.
Enquanto isso, as organizações de assistência social estão redobrando os cuidados e orientando seus beneficiários sobre como evitar cair em golpes. A recomendação é que qualquer oferta de ajuda seja confirmada com fontes confiáveis antes de qualquer interação.
A prevenção é a chave para evitar que mais pessoas se tornem vítimas desse tipo de fraude, que explora a boa fé e a necessidade dos mais vulneráveis. “Qualquer pessoas desconhecida te enviar presente e te pedir uma foto de confirmação desconfie”.
