Especialistas preveem que tempestades solares intensas podem causar falhas em redes elétricas e sistemas de internet ao redor do mundo.
Reprodução da foto/internet.
Tempestades solares intensas podem causar blecautes globais em 2025, alertam cientistas
Cientistas e especialistas em clima espacial estão soando o alarme sobre um risco crescente que pode afetar o planeta já em 2025: um possível apagão global causado por tempestades solares de alta intensidade. Segundo os estudos mais recentes, o atual ciclo solar está se aproximando de seu pico de atividade, o que aumenta significativamente as chances de erupções solares com potencial destrutivo para redes elétricas, satélites e sistemas de comunicação em escala mundial.
Essas tempestades solares, também conhecidas como ejeções de massa coronal (CMEs), são enormes explosões de plasma e campos magnéticos lançadas pelo Sol. Quando direcionadas à Terra, elas podem induzir correntes elétricas em infraestruturas tecnológicas, como redes de transmissão de energia, cabos submarinos de internet e até mesmo sistemas de GPS.
O professor e físico solar Andrew Heyner, da Universidade de Birmingham, destaca que os efeitos podem ser mais severos do que se imagina. Ele explica que, ao contrário do que muitos pensam, os sistemas de aterramento convencionais não são capazes de proteger os equipamentos elétricos dessas correntes induzidas. “Na verdade, conduzir correntes geomagnéticas para o solo pode ter um efeito contrário ao esperado, danificando equipamentos que, em tese, estariam protegidos”, afirmou.
Um cenário de blecaute digital e energético
Em um cenário extremo, tempestades solares podem provocar apagões elétricos prolongados, colapsar sistemas de telecomunicação, interromper conexões à internet e afetar sistemas bancários, logísticos e hospitalares. A última vez que um evento dessa magnitude ocorreu foi em 1859, durante o chamado Evento Carrington, quando a tecnologia era infinitamente mais simples. Se algo semelhante ocorresse hoje, as consequências seriam catastróficas.

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Medidas de prevenção ainda são limitadas
Embora governos e empresas estejam começando a tomar medidas preventivas, como desligamentos programados de satélites e testes em sistemas de energia, os especialistas alertam que a infraestrutura atual não está preparada para um evento de grande escala. “É como viver sabendo que um terremoto pode acontecer, mas sem reforçar os edifícios”, compara o astrofísico português Jorge Amado, que estuda o clima espacial na Europa.
Com os sistemas globais tão interconectados, até mesmo falhas regionais podem se propagar rapidamente, criando uma reação em cadeia de interrupções. Países como os Estados Unidos, o Japão e membros da União Europeia estão investindo em sistemas de alerta precoce e hardening (endurecimento) das redes elétricas. No entanto, para a maioria das nações, os investimentos ainda são tímidos diante da magnitude da ameaça.
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O que pode ser feito?
Entre as soluções estudadas, estão a blindagem de transformadores elétricos, o desenvolvimento de satélites mais resistentes a radiações e a implementação de protocolos de resposta rápida para situações de colapso. A criação de sistemas de monitoramento solar mais precisos também é uma prioridade.
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Enquanto isso, os pesquisadores pedem atenção da sociedade e dos governos para a vulnerabilidade cada vez maior diante de fenômenos naturais que, embora invisíveis a olho nu, podem transformar a rotina global em um verdadeiro caos digital.
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