Ex-presidente discursa na Avenida Paulista ao lado de aliados e líderes estaduais, em novo gesto de força política.
Três semanas após a manifestação no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a reunir apoiadores e lideranças políticas neste domingo (6), agora em São Paulo. O ato, realizado na Avenida Paulista, teve como principal pauta a defesa da anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Diferentemente do evento anterior, realizado em Copacabana, que contou com a presença de quatro governadores, o ato em São Paulo atraiu sete chefes de Executivo estaduais. A participação foi divulgada horas antes do início do protesto, por meio de uma imagem compartilhada pela assessoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da sigla na Câmara.
Na foto, Bolsonaro aparece ao lado dos governadores:
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais
Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina
Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo
Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás
Wilson Lima (União Brasil), do Amazonas
Ratinho Junior (PSD), do Paraná
Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso
Dos governadores que estiveram no ato de Copacabana no último dia 16 de março, apenas Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, não compareceu em São Paulo. Segundo sua assessoria, ele cancelou a participação devido às fortes chuvas que atingem o estado fluminense nos últimos dias.
A manifestação ocorre em um momento delicado para o ex-presidente. Dias antes do protesto, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando Bolsonaro réu por suposta participação em uma organização criminosa envolvida em um plano para reverter o resultado das eleições de 2022. Além dele, outros sete aliados também foram denunciados e agora respondem ao processo.
Aposta na presença feminina
A organização do ato deste domingo também apostou em uma maior participação de mulheres. Um dos pedidos feitos pelos organizadores às apoiadoras foi que levassem batons, em alusão à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que durante os ataques de 8 de janeiro escreveu com batom a frase “perdeu, mané” em uma estátua do Supremo Tribunal Federal.
A expectativa era que figuras femininas de destaque na direita discursassem durante o protesto, entre elas a deputada federal Caroline De Toni (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). Ambas devem usar o trio elétrico para se pronunciar e relembrar a história de Débora como símbolo de resistência contra as punições impostas aos manifestantes presos após os atos
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