Decisão foi motivada pela ausência do soldado durante operação de segurança no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.
O soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho, mais conhecido nas redes sociais pelo apelido “Demolidor”, foi excluído dos quadros da Polícia Militar de São Paulo nesta quarta-feira (14/5). A medida foi resultado de um procedimento disciplinar interno que investigou o abandono de serviço durante uma operação de segurança no Carnaval de 2022, realizada no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista. Até o momento, essas são as informações disponíveis sobre o caso.
Reprodução da foto/ Internet
Segundo apuração da Corregedoria da Polícia Militar, o soldado Coutinho — que integrava o 18º Batalhão da PM Metropolitana — se ausentou de suas atribuições de patrulhamento por aproximadamente 1h40 durante o Carnaval de 2022. Nesse intervalo, ele foi visto dentro de um camarote do evento, interagindo com convidados e posando para fotos. A investigação concluiu que não havia qualquer motivo funcional que justificasse sua permanência no local.
A decisão apontou que não existia nenhuma ocorrência ou chamada policial que justificasse a presença dos envolvidos na área do evento. Ainda segundo o documento, outro policial que participou do episódio recebeu uma punição administrativa, mas permaneceu nos quadros da corporação.
Os advogados de Paulo Coutinho questionaram a disparidade nas sanções impostas pela corporação. Em nota, a defesa afirmou que, embora a conduta fosse semelhante à de outro policial envolvido, apenas Coutinho foi desligado. “Acreditamos que a decisão teve motivação política e foi influenciada por fatores internos à corporação”, declararam.
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Além do desligamento, o soldado Paulo Coutinho também é alvo de um segundo processo administrativo, desta vez por supostamente ter furtado uma orquídea nas instalações do 9º Batalhão da PM, localizado no bairro do Tucuruvi, na zona norte de São Paulo. O caso reforça acusações de perseguição que, segundo ele, vêm sendo promovidas dentro da própria corporação.
De acordo com a denúncia, o soldado teria removido a planta do jardim do batalhão, levado até o alojamento e, em seguida, ocultado atrás de um extintor no refeitório da unidade. Câmeras de segurança teriam registrado o percurso feito por Coutinho com a orquídea em mãos, mas a flor nunca foi encontrada no ponto indicado pelas imagens.
Coutinho rejeita as acusações e afirma ser alvo de discriminação e retaliação por parte da corporação. “Tudo isso é resultado de perseguição e preconceito pelas minhas tatuagens, algo que sempre enfrentei na PM”, declarou. Ele também questiona a narrativa apresentada pela corregedoria sobre o suposto esconderijo da planta: “Não existe nenhuma imagem comprovando que a flor foi encontrada atrás do extintor. Ela nunca apareceu naquele local”, disse na ocasião.
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Famoso nas redes sociais como “Demolidor”, o soldado Paulo Coutinho conquistou milhares de seguidores ao compartilhar vídeos de seus treinos, rotina profissional e temas relacionados à cultura fitness. Até o momento, a Polícia Militar não comentou se a visibilidade pública do militar influenciou na decisão de seu desligamento.
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