“PM é acusado de matar a companheira e fugir com filha menor em Cuiabá”

Compartilhe:

Crime aconteceu dentro da residência do casal; policial está foragido e buscas foram intensificadas pela segurança pública. Policial militar é suspeito de feminicídio e desaparece com filha após o crime em Cuiabá

Reprodução da foto/internet

Um grave caso de violência doméstica com desfecho trágico abalou a capital mato-grossense neste domingo (25). O soldado da Polícia Militar, Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, é acusado de assassinar sua esposa, Gabrielle Morais, dentro da casa do casal, localizada no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Após cometer o crime, ele teria fugido levando consigo a filha pequena do casal.

De acordo com informações preliminares, Gabrielle foi atingida por disparos de arma de fogo. Vizinhos relataram ter ouvido os tiros e, ao notarem a movimentação estranha, acionaram a polícia. Quando os primeiros agentes chegaram ao local, a vítima já estava sem vida.

O suspeito, que é membro da corporação, deixou o local antes da chegada do socorro. Desde então, está sendo procurado pelas forças de segurança, que mobilizaram unidades especializadas para localizá-lo, com prioridade absoluta devido à presença da criança com o foragido.

O caso foi registrado como feminicídio e se tornou prioridade na agenda da Secretaria de Segurança Pública do Estado, que confirmou que o policial será afastado de suas funções e responderá criminalmente. Equipes do 1º Batalhão da PM e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão empenhadas nas buscas, inclusive com o auxílio de tecnologia de rastreamento e câmeras de monitoramento da região.

Familiares e amigos de Gabrielle estão consternados com a tragédia. Nas redes sociais, diversas homenagens foram publicadas em memória da vítima, que era descrita como uma mulher alegre, dedicada à família e mãe amorosa.

A PM de Mato Grosso emitiu nota lamentando profundamente o ocorrido, afirmando que “repudia todo e qualquer ato de violência, especialmente dentro do ambiente familiar”, e garantiu apoio às investigações para que o caso seja esclarecido com rigor e celeridade.

Ambulância do Samu confirma óbito da vítima; PM já tinha histórico de violência

Reprodução da foto/internet

Após o feminicídio registrado neste domingo (25), uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e esteve no local da ocorrência, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Os profissionais de saúde constataram o óbito da vítima, Gabrielle Morais, ainda na residência onde ocorreu o crime. Viaturas da Polícia Militar também foram mobilizadas imediatamente e isolaram a área para o trabalho da perícia. O soldado Ricker Maximiano de Moraes, principal suspeito do crime, fugiu com a filha do casal, e uma força-tarefa foi iniciada para localizar o paradeiro do policial.

O caso reacende o alerta para comportamentos violentos por parte do militar. Em setembro de 2023, o soldado já havia se envolvido em uma situação polêmica, quando matou a tiros um cachorro da raça pitbull no bairro Shangri-lá, também em Cuiabá. Na ocasião, o policial alegou que agiu para proteger sua filha, que estaria em risco.

No entanto, o episódio gerou revolta entre moradores e protetores de animais. O tutor do cachorro registrou dois boletins de ocorrência na Polícia Civil: um pela morte do animal e outro denunciando ameaças que teria recebido após o fato, com o objetivo de silenciá-lo.

Esse histórico está agora sendo considerado pelas autoridades durante a apuração do caso de feminicídio, ampliando as investigações sobre o comportamento anterior do soldado. A Polícia Civil segue com as diligências, e qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito pode ser repassada de forma anônima pelos canais oficiais da Segurança Pública.

Policial foge após feminicídio e mobiliza forças de segurança em Cuiabá

Moradores do bairro Praeirinho, em Cuiabá, acionaram imediatamente a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após ouvirem disparos de arma de fogo vindos de uma residência na tarde deste domingo (25). Segundo relatos, o clima foi de pânico ao presenciarem um policial militar deixando o local com uma arma em mãos, logo após os tiros.

Poucos minutos depois da tragédia, a irmã da vítima, Gabrielle Morais, chegou à casa e se deparou com a cena do crime, entrando em choque. A presença de familiares e vizinhos aumentou a tensão no local, que rapidamente foi isolado pelas forças policiais.

Equipes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Instituto Médico Legal (IML) foram acionadas para realizar os procedimentos de perícia e remoção do corpo. O suspeito, identificado como o soldado Ricker Maximiano de Moraes, segue foragido, e uma operação integrada entre as polícias Civil e Militar foi iniciada para localizá-lo o quanto antes.

Delegado aponta interferência da PM em local de crime que vitimou jovem mãe em Cuiabá.

Reprodução da foto/internet

O delegado Edson Pick, da Polícia Civil de Mato Grosso, que conduz as investigações sobre o assassinato de Gabrieli Daniel de Moraes, de 31 anos, afirmou que a atuação da Polícia Militar no local do crime pode ter prejudicado o andamento da apuração. A jovem foi morta a tiros dentro de casa no bairro Praeirinho, em Cuiabá, na tarde de domingo (25), e o principal suspeito é seu companheiro, o soldado Ricker Maximiano de Moraes, de 33 anos.

Segundo Pick, agentes da PM que chegaram antes da equipe de investigação teriam interferido na cena, alterando pontos cruciais do ambiente e comprometendo a preservação de evidências essenciais. “O ideal é que a área fosse isolada até a chegada da perícia técnica. Infelizmente, algumas ações ali podem ter comprometido a reconstituição dos fatos”, declarou o delegado.

A Polícia Civil ainda trabalha na coleta de provas, depoimentos e análise de imagens para tentar reconstruir a dinâmica do feminicídio. O soldado permanece foragido, e uma força-tarefa foi montada para localizá-lo com urgência.

Arma usada em assassinato desaparece antes da chegada da Polícia Civil

Durante as diligências realizadas neste domingo (25), o delegado Edson Pick informou que a equipe da Polícia Civil se deslocou até a casa do pai do principal suspeito do crime, o policial militar Ricker Maximiano de Moraes. As investigações apontavam que o acusado teria deixado no local a arma de fogo utilizada no assassinato de sua esposa, Gabrieli Daniel de Moraes.

No entanto, ao chegarem à residência indicada, os investigadores descobriram que a arma já havia sido removida por terceiros. A retirada do objeto compromete diretamente a coleta de provas materiais e levanta suspeitas sobre possível ajuda ao foragido, o que pode configurar crime de favorecimento pessoal.

Agora, a polícia busca identificar quem teve acesso ao local e retirou a arma, que segue desaparecida. O delegado destacou que a recuperação do armamento é essencial para a elucidação completa do caso.

Compartilhe: