“Suspeitos de envolvimento com facção criminosa são presos pela Polícia Civil”

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Operação visa desmantelar estrutura financeira da facção criminosa, além das detenções”

Polícia Civil prende dois suspeitos e avança na desarticulação financeira de facção criminosa

A Polícia Civil de Mato Grosso realizou, na última segunda-feira (31/03), a prisão de mais dois alvos da Operação Blood Money, que tem como objetivo combater a atuação de uma facção criminosa envolvida em uma série de crimes violentos na região norte do Estado. As capturas foram realizadas por equipes da Delegacia de Tapurah, com apoio da Delegacia de Lucas do Rio Verde.

As prisões preventivas são parte de uma operação ampla e coordenada, desencadeada no último dia 26 de março, com o objetivo de cumprir 60 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão e busca e apreensão. O foco principal da operação é desmantelar uma facção criminosa responsável por homicídios qualificados, torturas, assaltos à mão armada e tráfico de drogas na região de Sinop e municípios vizinhos.

A operação foi coordenada pela Quinta Vara Criminal de Sinop e contou com o apoio de diversas unidades especializadas da Polícia Civil. Durante as diligências, os policiais identificaram dois indivíduos considerados foragidos da Justiça. Um dos suspeitos foi localizado no município de Tapurah, enquanto o outro foi encontrado escondido em uma residência em Lucas do Rio Verde, ambos a cerca de 400 quilômetros da capital Cuiabá.

Estratégia de combate ao crime organizado

A Operação Blood Money faz parte de uma estratégia mais ampla da Polícia Civil de Mato Grosso no enfrentamento às facções criminosas. O trabalho está inserido no contexto da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, promovido pelo Governo do Estado. A meta é desmantelar a estrutura criminosa e fragilizar o poder de atuação da facção na região norte.

Desde o início das operações, em 2021, a cidade de Tapurah vem sofrendo com a violência extrema promovida pela facção criminosa, que expandiu suas atividades para práticas de lavagem de dinheiro e uso de terceiros para movimentação financeira. A facção vinha utilizando plataformas digitais, como o Pix, para tentar ocultar a origem ilícita dos recursos provenientes do tráfico de drogas e outros crimes.

Avanços na investigação

Os trabalhos investigativos tiveram um marco importante em agosto de 2024, com a deflagração da Operação Justiça Impura, que resultou na captura de líderes regionais da facção e no bloqueio de contas bancárias utilizadas para lavar dinheiro. A partir de então, a Polícia Civil conseguiu interromper parte da movimentação financeira do grupo, comprometendo sua capacidade de financiar atividades criminosas.

Com o aprofundamento das investigações, as autoridades identificaram contas bancárias em nome de laranjas e empresas fictícias, que eram utilizadas para movimentações financeiras volumosas e atípicas. Além disso, veículos e outros bens adquiridos com recursos ilícitos foram apreendidos e colocados à disposição da Justiça.

Enfraquecimento da organização criminosa

A prisão dos dois foragidos representa mais um passo importante para desestruturar a facção que vinha impondo medo e violência à população local. A expectativa da Polícia Civil é de que, com o avanço das investigações e o cumprimento das demais ordens judiciais, a organização criminosa perca significativamente sua influência e poder de atuação na região.

As ações de inteligência e combate ao crime continuarão até que todos os alvos sejam capturados e a estrutura financeira da facção esteja completamente desmantelada.

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